Criação de Software: Etapas, Metodologias e Principais Desafios

A tecnologia está, sem dúvida, entre os maiores motores de transformação do nosso tempo. Por trás de sistemas inovadores, aplicativos que usamos todos os dias e soluções inteligentes para empresas, existe um processo estruturado e cuidadoso conhecido como criação de software. Mas afinal, o que realmente acontece desde a ideia inicial até a entrega do sistema funcionando no computador, no celular ou na nuvem?

Hoje, vamos caminhar juntos pela jornada que envolve esse processo, passando por cada uma das fases, conhecendo profissionais, métodos e desafios que surgem durante o desenvolvimento. Também vamos apresentar dicas para escolher parceiros certos e manter a qualidade até a entrega final. Com a experiência da DEVIO, fica mais fácil entender como a tecnologia pode transformar negócios quando aplicada com clareza, propósito e alinhamento.

O ponto de partida: entender para inovar

Antes de pensar em linhas de código, cores de telas ou funcionalidades mirabolantes, é preciso compreender, verdadeiramente, o problema que se quer resolver ou as oportunidades a serem criadas. Não é exagero dizer que essa etapa molda todo o resto do projeto de software personalizado.

Segundo a Fundação Instituto de Administração (FIA), a análise detalhada das necessidades do cliente é o ponto de partida para garantir o sucesso do software. Pular etapas ou negligenciar conversas iniciais pode colocar todo um investimento em risco.

Definir o propósito é o fio condutor de todo projeto tech.

Levantamento de requisitos: o que, para quem e por quê?

O levantamento de requisitos vai muito além de listar o que o software “deve fazer”. É quando a equipe mergulha nos processos da empresa, investiga dores, identifica ganhos e limitações e pensa em experiências que farão sentido para os usuários.

  • Entendimento de objetivos de negócio
  • Mapeamento de processos atuais e desejados
  • Identificação de usuários e suas necessidades (personas)
  • Documentação inicial das expectativas e regras

Profissionais como analistas de sistemas, product owners e especialistas em UX costumam liderar essa missão. E, mesmo assim, confesso: nem sempre é simples traduzir expectativas em requisitos claros. Por isso, muitas vezes, a equipe recorre a workshops interativos, entrevistas e até simulações do dia a dia real.

A prototipação e o olhar do usuário

Como transformar ideias em algo visual, que todos possam discutir, ajustar e melhorar? Bem, é aqui que entra a prototipação. Com telas e fluxos simulados – que vão de simples esboços no papel a protótipos navegáveis em ferramenta digital – todos passam realmente a enxergar o produto que está por vir.

  • Wireframes: rascunhos básicos da estrutura das telas
  • Mockups: versões estáticas, já com aparência aproximada da interface
  • Protótipos interativos: simulações que permitem navegação básica pelo sistema

Esse exercício é libertador. Dá ao cliente, à equipe técnica e aos usuários finais a chance de contribuir antes mesmo do desenvolvimento começar. Já perdemos as contas de quantas funcionalidades desnecessárias são descartadas, e quantos insights valiosos surgem, só ao se prototipar de verdade.

Protótipo digital de aplicativo exibido em uma tela touch

Planejamento: a bússola do desenvolvimento sob medida

Com requisitos definidos e interfaces desenhadas, o próximo passo é planejar as entregas. Qual a prioridade de cada funcionalidade? O que pode ser dividido em etapas? Quais serão os pontos de validação conjunta?

  • Orçamento e cronograma baseados nos requisitos levantados
  • Divisão do escopo em módulos ou entregas parciais
  • Escolha das tecnologias, considerando integração e manutenção futura
  • Alocação de equipe conforme a especialidade

É fácil se perder aqui. Muitas empresas estimam prazos otimistas com base em listas de tarefas genéricas. O resultado? Frustração, retrabalho e projetos intermináveis. Por isso, times como o da DEVIO adotam práticas ágeis de planejamento, que permitem revisitação frequente de prioridades e maior transparência com o cliente.

O que não está planejado raramente sai como esperado.

Metodologias de desenvolvimento: a cultura ágil como aliada

Existem diferentes escolas e métodos para desenvolver sistemas, mas as metodologias ágeis se tornaram referência por promover entregas frequentes, adaptação constante e foco no resultado. Deixar tudo flexível demais, no entanto, também pode gerar insegurança; então, o equilíbrio entre estrutura e liberdade é o segredo.

Scrum, Kanban e outros métodos ágeis

  • Scrum: prevê ciclos curtos chamados sprints, com entregas incrementais e reuniões rápidas diárias para alinhamento (as “dailies”)
  • Kanban: propõe quadros visuais para acompanhar o avanço das tarefas, reduzindo gargalos e melhorando o fluxo
  • XP (Extreme Programming): tem foco em qualidade de código, com práticas como entrega contínua, testes automatizados e programação em dupla

Essas abordagens permitem que, a cada etapa, o cliente veja um pedaço pronto do sistema, dê feedback, mude o que considerar necessário e evite surpresas desagradáveis no final. Assim, surgem softwares realmente úteis – não somente bonitos no PPT.

Metodologias tradicionais

Apesar da força das metodologias flexíveis, projetos muito regulados ou de setor público ainda usam modelos tradicionais, como o cascata (waterfall). Nele, cada etapa termina para só então começar a seguinte. O risco é descobrir erros muito tarde, quando consertar custa caro.

Exemplo prático: na pele do cliente

Já imaginou uma rede de clínicas médicas precisando de um sistema que permita gestão de prontuários, agendamento online e integração com outros softwares? Ao adotar Scrum, os módulos prioritários (como cadastro de pacientes e agenda) podem ser implementados primeiro, entregando valor já nas primeiras semanas. Enquanto isso, funções mais complexas, como relatórios cruzados, ficam para sprints seguintes – tornando tudo mais prático e adaptável.

Equipe de tecnologia reunida revisando quadro de tarefas Kanban digital

Profissionais e papéis envolvidos na jornada

Desenvolver um software envolve bem mais do que programadores digitando códigos sem parar. Diversas funções, algumas até pouco conhecidas, são indispensáveis:

  • Product Owner: responsável por representar o cliente, priorizar tarefas e manter o foco nos objetivos de negócio
  • Scrum Master ou Agile Coach: cuida do método aplicado, removendo impedimentos e promovendo a colaboração
  • Desenvolvedores (front-end, back-end, mobile): responsáveis pela codificação e testes do sistema
  • UX/UI Designer: traz a perspectiva do usuário nas interfaces
  • Analista de Requisitos ou Negócios: faz a ponte entre área técnica e negócio para traduzir expectativas em especificações
  • QA (Quality Assurance): garante que o software siga os padrões de qualidade e funcione corretamente
  • DevOps: cuida de automação de testes, infraestrutura e rotinas de deploy

Cada papel tem seu tempo de atuação mais intenso ao longo do projeto, mas todos precisam estar em constante comunicação para que o resultado final faça sentido. E, sinceramente, é aqui que muitos projetos naufragam – por falta de diálogo.

Boas equipes conversam mais do que digitam.

Da arquitetura ao código: escolhas que fazem diferença

Ao escolher como um software será construído, decisões importantes surgem: será um sistema web, desktop ou aplicativo móvel? Precisa rodar em nuvem? Como integrará com outros sistemas? Que nível de segurança é esperado?

A arquitetura do software impacta diretamente em flexibilidade, escalabilidade, velocidade e custos. Soluções com arquitetura mal planejada podem funcionar no início, mas tornar-se um grande peso depois, caso a empresa cresça ou o número de usuários aumente. Por isso, a DEVIO investe tempo na definição de arquitetura moderna, com padrões que favorecem integração, manutenção e performance.

Entre os padrões em alta estão:

  • Microserviços: módulos independentes, fáceis de atualizar e escalar
  • APIs RESTful: acesso padronizado a funcionalidades e dados
  • Uso de containers e orquestradores (como Docker e Kubernetes)
  • Práticas de cloud computing para alta disponibilidade

Implementação: hora de botar a mão no código

Agora sim, iniciam-se as linhas de programação. Cada funcionalidade é tratada separadamente, obedecendo prioridades e validações pré-definidas. Testes (manuais e automatizados) são implementados junto ao código para identificar erros rapidamente.

  • Revisões de código em pares ou grupos
  • Versionamento claro dos componentes
  • Integração contínua: códigos de todos os desenvolvedores são integrados, testados e versionados sempre que possível

O time celebra cada etapa concluída. Mas sempre fica aquela sensação: “Será que estamos no caminho certo?”. E é por isso que as entregas parciais e revisões com o cliente são tão importantes.

Desenvolvedor digitando código em notebooks lado a lado, monitorando diferentes telas

Testes: quando errar é melhor do que depois

Ninguém gosta de encontrar falhas em um software já em produção. Os testes garantem que tudo funcione como o esperado (ou quase tudo, porque bugs acabam escapando de vez em quando, não vou esconder!).

Existem vários tipos de testes:

  • Unitários: checam pequenas partes do sistema, como funções isoladas
  • De integração: verificam se componentes diferentes funcionam juntos
  • De aceitação: simulam cenários reais de uso para validar o comportamento final
  • De performance: avaliam como o sistema reage sob carga
  • De segurança: identificam vulnerabilidades

Ferramentas automatizadas tornam boa parte desses testes mais rápidos e frequentes. Mas, no fim, sempre vale aquela fase de uso real por alguém alheio ao desenvolvimento.

Testar cedo pode evitar grandes tempestades depois.

Entrega, homologação e manutenção

Após testado e ajustado, chega o momento de disponibilizar a primeira versão para o cliente (a chamada homologação). Nela, usuários reais confirmam se tudo está funcionando conforme combinado. Surgem ajustes, claro. E, só depois disso, acontece a liberação para produção, ou seja, entrada em uso oficial.

Mas o fim nunca é realmente o fim. Softwares exigem atualização, monitoramento, correção de bugs, inclusão de novas funções e adaptações frente aos avanços tecnológicos ou demandas do mercado.

  • Monitoramento de desempenho
  • Correções rápidas de falhas críticas (hotfixes)
  • Atualização preventiva contra riscos de segurança
  • Ajustes evolutivos e melhorias contínuas

Empresas que já conhecem a rotina de desenvolvimento sob medida sabem que a parceria com a software house não termina após o lançamento. Aliás, experiência mostra que projetos mais duradouros têm mais chance de gerar valor verdadeiro.

Desafios do processo e como superá-los

Definição de escopo: até onde ir?

Talvez o mais frequente dos obstáculos esteja em definir exatamente o que será desenvolvido. O famoso “isso não estava combinado” aparece quando o escopo é mal documentado, ambiguidades se tornam brechas e o alinhamento inicial não é revisitado. Planejamento visual, protótipos interativos e documentação fluida ajudam – mas, principalmente, a comunicação contínua salva projetos.

Integração com tecnologias modernas e legado

Outro ponto delicado é integrar novos sistemas a soluções já existentes. Cada empresa traz consigo heranças de sistemas antigos, bancos de dados, rotinas manuais, e nem sempre tudo é compatível. Busque soluções adaptáveis e mantenha uma documentação técnica transparente. Isso evita, por exemplo, travar um projeto por falta de acesso a sistemas legados de bancos ou ERPs de grandes empresas.

Garantia de prazo e orçamento

A tentação de encurtar prazos, prometer milagres ou reduzir escopo para “entregar rapidinho” costuma cobrar um preço alto no final. O segredo? Quebrar o projeto em pequenos lotes, entregar valores rapidamente e revisar expectativas com cada etapa. Se surgirem imprevistos (e sempre surgem), é possível corrigir rota sem comprometer todo o investimento.

Segurança, qualidade e privacidade

Vivemos em um momento onde segurança e privacidade são mais exigidas do que nunca. Indústrias financeiras, saúde, varejo digital e governos impõem padrões rígidos de proteção a dados. Por isso, invista em técnicas modernas, adote padrões de compliance desde o início, e culturalize a equipe para pensar segurança desde o primeiro dia. Não caia na armadilha de resolver isso só no final.

Time de TI avaliando práticas de segurança digital em painéis de dados

Outsourcing em TI e desenvolvimento sob demanda

Nem toda empresa precisa (ou deseja) montar um time interno de tecnologia dedicado. O outsourcing em TI permite acessar talentos e experiência sem burocracia de contratação direta.

  • Redução de custos operacionais
  • Acesso a profissionais com experiência comprovada em diferentes tecnologias
  • Foco do negócio mantido em seus objetivos principais
  • Escalabilidade rápida, conforme o projeto ganha tração

Escolher bem o parceiro faz toda diferença. Procure empresas que tenham portfólio sólido, comunicação clara e processos transparentes. Avalie cases de sucesso, peça depoimentos e faça testes antes de decidir. Veja mais sobre o universo das software houses e como atuam no desenvolvimento de software personalizado.

Ah, e não hesite em questionar! Pergunte sobre técnicas de integração, governança, processos de testes e como é a abordagem de manutenção pós-entrega. Há ainda um artigo interessante no site da DEVIO sobre erros comuns em projetos de software sob medida e dicas para evitá-los.

Dicas para garantir qualidade, prazo e segurança em todas as etapas

  • Invista tempo em conversas francas sobre objetivos, desafios e expectativas, antes do primeiro código
  • Utilize protótipos e telas navegáveis para evitar mal-entendidos
  • Quebre grandes projetos em entregas menores e regulares
  • Adote metodologias ágeis para flexibilidade na priorização e correção de rumos
  • Documente tudo de maneira clara e acessível, inclusive decisões de arquitetura
  • Jamais deixe testes e segurança só para o fim – pense nisso desde o início
  • Escolha fornecedores/parceiros com experiência reconhecida e cases similares
  • Mantenha a participação do cliente desde o início até a manutenção
  • Esteja disposto a revisar prioridades conforme o negócio evoluir

Transformar demanda em valor é sempre um trabalho conjunto.

Conclusão

A criação de software é uma jornada que mistura técnica, criatividade, colaboração e, sem dúvida, paciência. Seu sucesso nasce do entendimento profundo das necessidades do cliente, da escolha de metodologias que se adaptem ao contexto e de uma equipe engajada e multidisciplinar. Tarefas bem definidas, métodos ágeis e um olhar humano sobre a tecnologia fazem sua diferença, especialmente quando o foco está em facilitar a vida das pessoas e impulsionar o crescimento das empresas.

Se ainda ficou alguma dúvida ou se você busca parceiros para transformar ideias em soluções reais, vale visitar a DEVIO e conhecer um pouco mais sobre nossos serviços sob medida. Avance no seu negócio com tecnologia aplicada de verdade.

Perguntas frequentes sobre criação de software

O que é desenvolvimento de software?

Desenvolvimento de software é o processo estruturado para criar, testar e manter sistemas, aplicativos ou funcionalidades digitais. Ele envolve o levantamento de necessidades, planejamento, codificação, testes e atualizações, sempre focando em resolver desafios reais do negócio ou melhorar a experiência dos usuários.

Quais são as etapas da criação de software?

O processo passa por várias etapas:

  • Levantamento de requisitos e objetivos
  • Análise de processos e desenho de protótipos (UX/UI)
  • Planejamento de arquitetura e tecnologia
  • Codificação por equipes de desenvolvimento
  • Testes (unitários, integração, aceitação, performance, segurança)
  • Homologação junto ao cliente
  • Entrega oficial
  • Manutenção, suporte e evolução do sistema

Essas fases podem variar ou sobrepor-se, especialmente com metodologias ágeis.

Quanto custa criar um software do zero?

O custo depende de muitos fatores: complexidade do sistema, quantidade de integrações, tempo de desenvolvimento, número de usuários, modelo de interface, entre outros. Projetos simples podem custar poucos milhares de reais, enquanto soluções completas para grandes empresas podem ultrapassar valores mais elevados. O ideal é buscar uma consultoria como a DEVIO para avaliar detalhadamente o escopo antes de estimar valores.

Quais metodologias de software existem?

Existem abordagens tradicionais, como a metodologia cascata, e métodos ágeis – sendo SCRUM, Kanban e XP os mais populares para desenvolvimento moderno. O modelo escolhido depende do perfil do projeto, do nível de regulamentação, da urgência e dos recursos disponíveis. As metodologias ágeis se destacam por entregas frequentes, flexibilidade e integração entre áreas.

Quais os maiores desafios ao criar software?

Alguns dos desafios mais comuns são:

  • Definir com clareza o escopo do projeto
  • Manter comunicação constante entre clientes e equipe técnica
  • Integrar novas soluções a sistemas antigos
  • Garantir atualização contínua e segurança
  • Cumprir prazos e orçamentos realistas

Superar esses pontos depende do uso de métodos adequados, alinhamento transparente e acompanhamento próximo, algo que faz parte da cultura da DEVIO.